Uma decisão história feita no final do mês de Junho deste ano, da Suprema Corte de Oregon, destacou aquilo que todo "pai" de cachorro já sabe: os cães não são nossa 'propriedade'.

Já está mais do que comprovado cientificamente que eles são seres sencientes, capazes de sentir dor, estresse e medo, assim como de sentir prazer.

Porém, saber isso é um ponto, fazer com que essa informação reflita no legislativo e, principalmente, na mudança em como nos relacionamos com eles, é bem diferente.

Precisamos quebrar alguns falsos conceitos impregnados no que se refere aos cães, como, por exemplo, desmistificar a dominância e a forma como grande parte da mídia diz que devemos liderá-los, empregando que estes animais devem subordinação às nossas vontades, fazendo uso de ferramentas punitivas para forçá-los a tal.

Não é bem assim.

O caso judicial de Oregon começou em 2010, quando a Oregon Humane Society encontrou o cachorro Juno em uma situação precária, de extrema fome, por negligência de sua "dona".

Em sua defesa, ela alegou que o cão era sua propriedade, ponto que até então é considerado pertinente perante a justiça.

Porém, o Tribunal afirmou neste caso que os animais não são simples propriedades, são seres sencientes, assim validando o ato de resgate e cuidados realizados ao cão, que assemelha-se ao resgate de uma criança com suspeitas de abuso infantil.

Essa reviravolta em como julgamos a participação dos cães em nossa vida, literalmente, demonstra os esforços de proteção dos animais nos últimos anos.

O bem-estar dos animais deve ser prioridade, acima de tudo. Não temos um cão, conquistamos um amigo fiel e leal para nossa vida.

fonte: Oregon Live